Hoje passeando no meu face (para quem não gostava de mexer nele, agora roubei o face do maridão! Mas como diz o ditado o que é dele é meu e ponto! Bem, quase isso! kkkk), me deparei com vários videos sobre seriados japoneses, esse aí debaixo é um deles.
A música me lembrou a Patrine, lembram-se dela? Aliás, alguém pegou essa época, 1990? Poxa, muito legal, óbvio que hoje não tem muita graça e esses efeitos especias que na época me fascinavam hoje, meu Deus, sem comentários ne.
Mas olha, era muito legal, é uma pena que hoje os seriados japoneses não passem mais na nossa TV. Tá bom que ver seriados de qualquer tipo dublado é uma droga, mas pelo menos mais gente iria ver e se deliciar.
Ok chega de falar vamos ao que interessa para que todos que passaram essa epoca tãooo legal!! Vamos nos lembrar dos seriados com esse vídeo.
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Patrine
Em 1993, em meio ao alvoroço causado pelo desenho animado dos Cavaleiros do Zodíaco, a Rede Manchete surpreendeu e lançou um seriado diferente, nele, ao invés de um único justiceiro ou um grupo que luta contra o mal há uma heroína, que sem a máscara é uma garota comum do colegial que leva uma vida normal com sua família, vai mal na escola e sente o coração bater mais forte quando pensa no momento em que encontrará seu grande amor: Patrine. As aventuras da garota mascarada fizeram a cabeça do público infanto-juvenil (principalmente dos meninos, embora o planejado fosse o contrário) e mostravam o dia-a-dia da garota Sayuri Nakami, uma jovem que recebeu do Deus Protetor, um velhinho que gosta de passar o tempo "voando" pelo mundo em seu super carro vermelho, poderes mágicos para proteger as pessoas da cidade contra toda a maldade, a violência e as forças do mal, já que ele se julga cansado demais para continuar cumprindo essa tarefa (ela também não poderá revelar sua identidade a ninguém).
O velho entrega a Sayuri um bracelete e as palavras mágicas magia, cósmica, metamorfose! que quando pronunciadas por ela fazem-na se transformar na Estrela Fascinante Patrine, para agir sempre que houver alguém em apuros ou sendo vítima de alguma pessoa inescrupulosa e mal intencionada. Ela também pode usar os poderes para se disfarçar momentaneamente para ajudar nas investigações, como carteira, entregadora de pizza, ou policial de trânsito, etc. Sayuri vive com seus pais Hayato Nakami e Midori Nakami, e com seus irmãos Hideki e Tomoko. A maioria dos episódios gira em torno de acontecimentos envolvendo a família Nakami, e os amigos de Hideki: Makoto, Kenji e Kazuya.
Logo em sua primeira missão, Patrine tem de resolver o caso do misterioso ladrão de cartuchos de vídeo game, e acaba salvando seu irmão Hideki das mãos do bandido. Ele e seus amigos, aliás, formam o famigerado "Clube Patrine" que é uma organização de fãs da mascarada e que trabalha para "ajudar" a heroína quando ela tiver de resolver algum problema. Uma aparição marcante é a da enjoada Leiko Arahi, garota que vive às voltas com Hideki e seus amigos, sempre envolvendo-os com os apetrechos antigos de sua família que fazem vir à tona uma variedade de espíritos.
A série tem um apelo cômico evidente (embora há capítulos em tom de drama e romance) e alguns personagens são totalmente escrachados, como o pai de Sayuri que trabalha com vice-diretor de uma importante revista feminina, que vive ocupado demais com os assuntos da empresa e não se dedica adequadamente à sua esposa e família, além de frequentar os bares e gostar de um saquê. Mais para a frente na história surge um inimigo de peso para a Patrine, o Diabo do Inferno, e ele então passa a ser o inimigo a ser batido na maioria dos capítulos. Sayuri também recebe uma ajuda para enfrentar seu novo oponente, trata-se da "Pequena Patrine" que é na verdade sua irmã menor Tomoko (numa jogada inteligentíssima dos criadores, pois assim os produtos a serem vendidos podem ser em tamanho grande e pequeno).
Os episódios têm uma trama leve, os raros momentos de combate são quando Patrine luta com o vilão ou inimigo do dia; ela normalmente enfrenta tipos como um barbeiro ensandecido que ataca punk's e deixa-os careca por prazer, ou o ladrão "741" que atacava proprietários de animais domésticos que os entupiam de ração deixando-os acima do peso, ou como aquele já citado que atacava meninos para roubar cartuchos de lançamento para vídeo game, embora apareçam também alguns inimigos barra-pesada como sequestradores de crianças ou ladrões de banco. Ao aparecer quando uma pessoa está em apuros ela entoa seu próprio discurso: " -Lutarei enquanto existir o amor, até o fim da minha vida, Estrela Fascinante Patrine!" " -Mesmo que a mais alta corte o perdoe eu, Estrela Fascinante Patrine, não o perdoarei jamais!".
Sayuri Nakami é a heroína Patrine |
Antes de a Rede Manchete se recolher para seu descanso eterno, era ela quem dominava a preferência infanto-juvenil com seus seriados japoneses geralmente direcionados ao público masculino, e nesse contexto se encaixam séries como Jaspion, Jiraiya e Black Kamen Rider, e fazia isso com maestria. Como já disse aqui outras vezes, pois a maioria das séries era exibida no meio da manhã e depois havia uma reprise do mesmo capítulo no meio da tarde, para garantir que nenhum fã ficasse sem ver seu herói favorito por causa do horário da escola. Pois bem, em 1994, a Manchete e os caras que traziam as séries do Japão e repassavam para esta os direitos exclusivos de exibição, tiveram uma nova ideia: trazer também séries voltadas para o público feminino, pois até então os principais consumidores desse tipo de produto eram os meninos que adquiriam bonecos, veículos, máscaras, pulseiras, gibis e todo tipo de apetrecho que se podia imaginar, e as meninas tinham pouca participação nesse filão.
Para inaugurar a nova tática eles escolheram a série Patrine de 1990 ("Bishoujo Kamen Poitrine, algo como Beldade Mascarada Lutadora Poitrine), uma vez que no Japão já existia essa linhagem de super heroínas ou "Onnas Senshis", como são chamadas. Patrine, na verdade, era a terceira produção das "Magical Girls" a fazer sucesso na terra do sol nascente. Antes dela foram lançadas a Mahou Shojochuka Peipei (1988) e a Mahou Shojochuka Ipanema (1989), sendo que das três Patrine foi mesmo a mais bem sucedida por lá.
E assim estreou na tela da Manchete a série "Patrine" , ou "Estrela Fascinante Patrine" como ela mesma se auto denominava nos episódios. A série ficou em torno de 2 anos no ar e foi grande sucesso de audiência e repercussão, só que não aconteceu aquilo que seus donos esperavam: grandes empresas fabricantes de brinquedos não se interessaram em lançar uma linha da Patrine. Isso abreviou o fim da exibição e cancelou os planos de trazer mais super heroínas (quem sabe as próprias Peipei e Ipanema). Chegou-se até a criar os moldes de tiaras, bolsas, botas, roupas, espada e bastão que ela usava nos capítulos mas nada chegou a ser lançado oficialmente (embora tenham surgido algumas coisas piratas, de baixíssima qualidade e que não vêm ao caso).
O fato é que o plano de seriados para meninas foi engavetado, a Tikara Filmes deve ter se dado por satisfeita com as ótimas vendagens dos brinquedos de Winspector e Solbrain, que foram ao ar na mesma época. Na verdade, esse "insucesso" comercial da Patrine mais parece uma desistência do licenciador ou da Manchete do que um eventual erro de estratégia, também influenciado pelo estouro que fazia o desenho animado dos Cavaleiros do Zodíaco (que começava a fazer com que as emissoras deixassem de lado seriados com atores para dar mais espaço aos desenhos), porque a série da heroína tem muito o que se explorar no que diz respeito a lançamento de produtos comercialmente exploráveis.
Já a trama em si também é muito boa, levando-se em conta que é essencialmente voltada para crianças; leve, descontraída, engraçada e com personagens simples, Patrine é o tipo de programa que crianças e adolescentes procuram na TV, as músicas em português para os temas de abertura e encerramento ficaram ótimas, alguns conflitos familiares como o de Hideki com seu pai, que dedica quase todo seu tempo ao trabalho, são exatamente iguais aos que acontecem em nossa vida real. Isso fez com que muitos expectadores se identificassem com os personagens.
Especialistas em séries japonesas com heróis dizem que foi "um milagre" a exibição de Patrine por aqui, dada a maneira mesquinha e pouco qualitativa das emissoras brasileiras em montar sua programação e que quem pôde assistir foi privilegiado já que com certeza as eventuais novas "Patrines" que são lançadas atualmente lá no Japão (e são muitas hein) jamais serão exibidas no Brasil para azar da garotada de hoje. Sobretudo após o fim da TV Manchete, a série ainda é um clássico da nostalgia nipônica: foi um sucesso gigantesco na televisão japonesa.
Seu criador foi Shotaro Ishinomori (o mesmo que criou os Kamen Riders e os Super Sentais), e os episódios mostram com muito bom humor o cotidiano da família Nakami. Talvez a razão para o sucesso no Japão seja porque a série mexe com duas coisas bastante adoradas pelos japoneses: uma heroína charmosa com um belo par de pernas e as frequentes aparições de espíritos e fantasmas (lá eles gostam disso por questões culturais e religiosas), que estão presentes em muitos capítulos (até o espírito do Napoleão Bonaparte apareceu). Isso tudo mais o ar cômico e pastelão das histórias. A atriz Yuuko Hanashima, intérprete de Sayuri/Patrine, ficou famosíssima com o papel da heroína, e inclusive foi ela quem cantou a música do encerramento original em japonês. A prova desse sucesso todo foi o recente lançamento da série em DVD em terras japonesas.
Fonte: Filosofando 80, 90 e hoje
Curiosidades
- Patrine foi uma das primeiras das heroínas japonesas a ser exibido no Brasil.
- Assim como Spielvan, Jiban, Cybercops e Kamen Rider, o seriado Patrine não exibiu os dois últimos episódios que faltaram para ser exibidos na extinta TV Manchete.
- No episódio, "A Misteriosa Motoqueira", uma das garotas estava vestindo o uniforme do Kamen Rider 1, do primeiro seriado do Kamen Rider, de 1971, feito pelo mesmo criador do seriado Patrine: Shotaro Ishinomori, falecido em 1998.
- Ocorreu muita confusão com o nome da personagem principal da Patrine, que na dublagem brasileira ela é chamada de Sayuri, mas na versão original ela é chamada de Yuko.
- Há um pequeno erro na dublagem brasileira no episódio, "A Benzedura". Na dublagem, a heroína Patrine não falou correto o primeiro nome da atriz Shirley MacLaine, ela disseCharlie MacLaine.
- Muitos achavam que Patrine fosse uma versão feminina do Machineman com Zorro, ainda que ela usasse o carrosel de brinquedo para fazer que os vilões se arrependessem das maldades que cometeram, assim como o Machineman usava o raio de transformação para fazer que as pessoas se arrependessem das maldades que cometeram por se aliarem com Tentáculo. E, na versão do Zorro, além de usar a máscara, deixa também a marca da letra P assim como a referencia da letra Z de Zorro.
- Muitos fãs dizem que Patrine inspirou Sailor Moon.
- O ator Kazuoki Takahashi o Hayate/Change Griffon dos Changeman aparece no episódio o apito misterioso.
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